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Maravilhosidades na Capital panetoniense.

Posted by Patrícia de Matos on 22:17
Quinta feira, por volta de seis e meia da tarde, 12 de Janeiro de 2010 estava eu, voltando para casa, depois de um dia comum, passando pela passarela que daria acesso ao conjunto nacional. Exatamente até às 18:30, aquele dia teria sido realmente normal, quando de longe vejo pessoas com uma conhecida bandeira vermelha, viradas para pista, gritando coisas que até então não davam para serem entendidas. Carros e carros, justo no horário de pico, aglomeravam-se em algumas pistas abaixo dalí, para juntos cantarem mais uma vez a canção do caos.
Geralmente quando passo por aquele lugar as pessoas paressem muito oucupas, falando nos seus celulares ou andando como se suas mentes tivessem sido transportadas para onde suas obrigações mandam. Fico imaginando, às vezes, o que todas aquelas pessoas estariam pensando. Concerteza se a noética estiver certa, muitas delas poderiam mover o universo a favor de suas tarefas tão sérias e "irrelevantes".
Algumas pessoas andam suando. Longe daquela realidade vejo também aqueles que passam nos seus asfaltos com seus ar condicionados e carros acima do padrão. Em antagonização, um contigente de "escravos da Capital " carregam nas costas uma pequena minoria que certamente nem ao menos agradecerão pelos seus trabalhos. Pessoas que terão que fazer greve para algum reconhecimento, que terão que manifestar, que terão que suportar, e ainda depois verão suas silhuetas na televisão, preferencialmente em algum jornal da merda da globo: " Manifestantes fazem baderna em algum lugar. " Pessoas que terão seus filhos viciados e vítimas da injustiça social, pessoas que terão seus filhos assassinados pelos filhos da impunidade e da exclusão, pessoas que muitas vezes sequer vivem, apenas sobrevivem, ironicamente, pessoas comuns.
Enquanto isso, o Governador Sr. Panetone embolsa algum dinheiro nas meias. Para completar a conduta clichê que faz muitas pessoas serem discrentes do país em que vivem, aparentemente este seria um ato de corrupção da mesmice, já que a injustiça, digo, "Justiça Brasileira", costuma falhar. Mas não, não foi isso que aconteceu. Algo quase inusitado no cenário nacional: " O Sr. Governador Arruda está preso. " E na mesma Capital da ignorância vi pessoas comemorarem o raro ato de justiça em um país injusto. Os carros, aqueles que se aglomeram todos os fins dos dias para cantar juntos, dessa vez cantaram a canção da comemoração, talvez na esperança de ainda não verem seus filhos serem mortos, viciados, marginalizados. Talvez na esperança de que esses mesmos filhos possão ver uma Capital mais igualitária do ponto de vista social.





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